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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A casa mística do Lago (inacabada)


PostPosted: 01 Nov 2010 03:18    Post subject: A CASA MÍSTICA DO LAGO






Havia um lugar mágico em Santarém, bem próximo ao lago. 
Quem passasse por lá ficava encantado porque, sempre que 
chovia, aparecia um arco-íris naquela direção. Era lindo. 
Um dia, Everlin e Leilinha, voltando de uma boa pescaria, 
são surpreendidas por uma chuva forte e correm a abrigar-se
 naquelas terras. Enquanto a chuva não passava, elas 
conversam e chegam a uma conclusão: "Devíamos ter uma 
casa no lago!"

Como se fosse para confirmar o desejo das meninas, 
apareceu um arco-íris assim que a chuva rareou e parou.




A empolgação delas era grande. Imaginavam uma casa 
grande para receber os peregrinos, os amigos, os 
visitantes... imaginavam decorar tudo com bom gosto e 
imaginavam cada detalhe. Mas daí surgiram alguns 
problemas: de onde tirar dinheiro para os recursos?

Antes que a ideia saísse da mente das sonhadoras, uma 
amiga querida de Leilinha foi sorteada no Totomilho de 
Montemor. Como ela não tinha sonhos, investiu no sonho 
das amigas e só pediu que as pessoas que por lá passassem 
fossem recebidas com muito carinho, fossem quem fossem. 
E assim elas prometeram fazer.

Com o dinheiro mandaram trazer madeiras, pedras, 
material de construção e contrataram alguns pedreiros 
e mestres de obra.




Assim que o Porto de Lisboa foi inaugurado, trouxe um
 bom carregamento de materiais para tal construção. 
E assim começou a obra da Casa do Lago.

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PostPosted: 01 Nov 2010 03:52    Post subject:






Eve estava radiante, pois seu sonho e da eterna menina
 Lei, ia se realizar. A tão encatadora, Casa do Lago.


Eve que não parava um segundo, corria com as madeiras
 pra sua oficina, para trabalha-las e deixa-las bonitas o 
suficiente pra a casa. Pensava na decoração, nos móveis, 
na oficina. Sabia que ia ser trabalhoso, mas não se
 preocupava com isso, imaginava em meio a construção 
a casa já pronta.


Sorria ao ver a menina, crescendo e a ajudando com tudo. 
Ficava orgulhosa, e pensava como os pais dela iam se sentir 
ao ver a menina-moça, tão responsavél agora, aponto de 
esquecer as jujubas por instantes.


Mas enfim, o trabalho havia começado.

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"Se você se acha muito pequeno para fazer a diferença, você nunca

 esteve na cama com um mosquito."



PostPosted: 01 Nov 2010 03:56    Post subject:




Aos poucos, com dias e dias de cansaço, sob as ordens da 
carpinteira Everlin, que tomava para si muito do trabalho, 
a casa começou a mostrar um belo esboço.



Enquanto o trabalho de Everlin era mais comandar, lixar,
 serrar, construir enfim, o de Leilinha mais se assemelhava 
ao trabalho da cigarra perante as formigas. Apenas trazia 
comida para o pessoal, conversava com os trabalhadores, 
os distraía para que desestressassem, e de vez em quando 
tocava sua flauta, já perto do entardecer.

No fim do dia via sua amiga exausta, e muitas vezes trazia 
peixes para assar na beira do lago e animá-la relembrando 
de seus projetos, de seus sonhos. Mas as vezes a conversa não
 era suficiente para manter Everlin desperta e o marulho, o 
cheiro de peixe assado e o silêncio embalavam o sono da loira,
enquanto a pequena ficava a divagar nos pensamentos.

Algumas vezes o final dos trabalhos era, ao contrario, uma
 festa. Alguns amigos apareciam, trabalhadores se juntavam, 
e havia música, dança, sonhos de liberdade.




Foi nesse ritmo que Leila imaginou chamar o local de Casa
 Mística, pois mesmo em momentos difíceis e de extremo 
cansaço sempre havia bom astral.

De vez em quando, recebiam presentes para decorar a casa,
 para ajudar nos gastos e mesmos para ajudar nos serviços. 
Quando apareciam os amigos e parentes com sorrisos a 
ajudar na obra, parecia mesmo que era algo comunitário. 
Não era somente um sítio, um local, uma casa.. Era um lar.
 E muitas vezes, com a casa quase pronta, abrigaram alguns
 viajantes que não tinham onde se hospedar. 
Era como começar a ver o brilho de um diamante que foi
encontrado bruto e trabalhado, lapidado, 
tratado com carinho.

Foi um sonho quando, depois de muitos meses de árduo 
trabalho, enfim viram a Casa Mística pronta.

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PostPosted: 03 Nov 2010 11:33    Post subject:




Durante a cerimônia do casamento de Persefone e Julinho, 
Leilinha ficara inquieta e resolvera sair. Foi quando 
encontrou uma mulher misteriosa que pediu que a levasse
 à casa de Bandida.

No meio do trajeto, cansada pela viagem, a mulher parou
para descansar numa praça, junto com Leilinha, que estava 
cada vez mais atraída pela senhora.

- Como é que te chamas minha pequena?

- Leila Juliana de Monte Cristo Lobo, mais 
conhecida por Jujuba - Sorri e estende a mão, num
 gesto tão espontâneo, que arranca gargalhadas da 
mulher.

- Já desconfiava, mocinha. Que bom te encontrar. 
Teu apelido é formidável. Não sabes quem sou?
 - Diz a mulher, dando aquele sorriso de canto de boca que
 Leilinha sabia que ja conhecia. E sorri, procurando nas 
lembranças onde já pudera tê-la visto.

A mulher ajeita o decote, cruza as pernas e balança seu 
salto vermelho. Era ela, nossa, como não havia percebido 
antes? A mulher sorri, uma mecha de seu cabelo cai por 
sobre o rosto e Leila se adianta em devolvê-la ao lugar, 
pulando de braços abertos em cima da senhora. Dá um 
abraço apertado e recebe afagos na cabeça.

- Olha, a casa da tia Dida é longe, porque é numa
 fazenda. Vamos à casa do lago, que é minha e de
 minha amiga Everlin, que dá pra senhora 
descansar. A casa é simples, mas é ampla, nao 
está mobiliada, mas a vista é ótima. O que a
 senho.. você acha? 

- Eu trouxe um presente para Perséfone,
 queria deixar na casa da Bandida, mas se 
é assim, vamos, querida. 

Durante o caminho, Leila fica mais à vontade, com
 os cabelos ao vento, o vestido desabotoado na cintura,
 mais folgado, e com as sapatilhas na mão, descalça.
 A mulher continua com seu caminhar, com sua pose e vai 
ficando para trás na beira do lago. Leilinha nao resiste e 
começa a correr, saltitando até que dá falta da senhora.
 Ué, o que aconteceu? Ixe!! O vestido rasgou!! Não falei que o vestido era justo????
 E ri-se do embaraço dela.







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PostPosted: 03 Nov 2010 15:33    Post subject:




...

Como assim????? - pergunta Leilinha estupefacta 
Bruxa????

Hmmmm... digamos Maga Wink - Sorri a senhora.


Depois que chegaram à casa o Lago, cujas portas ficavam
 abertas, pois ainda nao havia nada por dentro, as duas 
sentaram-se na soleira da porta de onde viam as aguas 
do Lago e conversaram bastante. Leilinha não parava de
 fazer perguntas. A cada momento ficava mais impressionada
 com o jeito e as histórias da mulher de cabelos de fogo e de 
grande cílios negros, como os seus.

Foi muita descoberta. Não se passou sequer uma hora, mas
 parecia terem conversado uma eternidade.

-Querida, tenho pressa, preciso partir. -Disse, a 
determinado momento, a ruiva.

Ah, não, tenho tanto a aprender... E... gostei 
tanto da sen..você.

- Vou estar mais presente do que imaginas, 
Jujuba. Eu sabia que encontraria uma pessoa 
especial quando viesse. Era você. Vou deixar 
contigo algumas coisas, espero que cuide delas 
com carinho. Também vou deixar contigo o presente
 de Perséfone. Ela entenderá os motivos de não ficar. 
Leilinha apenas acena que sim com a cabeça, desapontada.

A mulher sorri e pede: Querida, tens um copo de agua 
para me oferecer?

-Sim, vou buscar. 


Leila se afasta com a sensação que algo está se perdendo
 nesse momento. Quando volta, encontra apenas um baú
 e um bilhete.




A senhora sumiu!!!!! Shocked

....


Leilinha, que ja tinha visto o conteudo do baú e lido as
 instruções que estavam dentro, trancou-o com a chave
 que estava ao lado do mesmo, e o escondeu na
 propriedade para debruçar-se nele depois.

Depois de tudo o que viu e ouviu, sente uma energia 
tão intensa, que resolve ajeitar-se com um vestido que
 estava separado para uma necessidade em um dos 
cômodos e rearrumar-se para voltar à igreja.[/b]

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PostPosted: 04 Nov 2010 12:19    Post subject:






Antes de ir para a festa, Eve resolve passar em casa 
para se trocar e retocar a maquiagem que podia ter 
se desfeito por se emocionar.


No primeiro instante em que põe seus pés dentro 
da casa, sente um perfume conhecido. Olha em volta,
 procura pelos comodos inacabados, e nada encontra.
 Para no centro da sala, e fica quieta a pensar:
"Será que estou tendo delirios de tanta
 emoção? Confused " . Ela pergunta a si mesma, levando o 
dedo em sua boca. Negando a hipotese.


_ Mais gentee! Será que "Ela", justo "Ela"
 passou aqui e não deixou nenhum bilhete 
nem nada ??? Sad Não ... ela não faria isso,
 ou faria ? Confused
Ela sabe que sentimos a falta dela ...



Eve lava seu rosto, se recompõe, se ajeita, e corre
 pra varanda em que o Luis a estava esperando.


Pensa em falar com a Lei, para ver se ela recebeu 
alguém sua ausência,
se havia ocorrido algo...


Encontra-se com luis e tenta disfarçar, dando-lhe 
um beijo carinhoso em sua boca e logo depois sai 
para a festa.

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